quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Desmatamento: um crime contra a vida

Como sendo a ultima postagem valendo para o projeto, resolvemos falar sobre um assunto que ainda não foi abordado no nosso blog: o desmatamento.

Diariamente os noticiários têm mostrado grandes enchentes, nevascas, incêndios, furacões e outros fenômenos climáticos da natureza. Esses fenômenos tem sido cada vez mais fortes, e um grande exemplo disso foi a tempestade que ocorreu essa semana aqui em Porto Alegre, com ventos de até 112km. Esses acontecimentos são nada mais e nada menos do que sinais de alarme da natureza.
Diante de tantos benefícios oferecidos pelas florestas, é espantoso que o desmatamento tenha se tornado um dos problemas ambientais mais graves do planeta. As florestas e a vegetação nativa vêm diminuindo, provocando sérias alterações nas condições climáticas. Durante os últimos 80 anos, metade das florestas tropicais desapareceu, a maior parte depois de 1960.
A principal causa do desmatamento no Brasil é conversão das áreas florestais para cultivo de pastagens e para a expansão das áreas agrícolas para produção de grãos como a soja. Mal manejadas, estas áreas muitas vezes são abandonadas depois de esgotada sua fertilidade inicial, o que permitiu ao Brasil acumular, somente na Amazônia brasileira, mais de 16 milhões de hectares de áreas degradadas.

- O MANEJO SUSTENTÁVEL -

Diversas iniciativas de manejo sustentável têm sido adotadas com sucesso no Brasil, revelando que essa prática é capaz de manter o uso das florestas continuamente, além de contribuir para a melhoria da qualidade de vida e para a conservação dos recursos naturais, regulamentação, monitoramento, fiscalização e incentivos, para fazer com que o manejo das florestas seja mais vantajoso do que seu desmatamento. Esses planos de manejo estabelecem os critérios técnicos e científicos que permitem selecionar as árvores para corte de acordo com o diâmetro do tronco, a altura da copa, a concentração de árvores por hectare e a sua importância para a manutenção da cadeia biológica de outras espécies. Também determinam o número de árvores que poderão ser derrubadas, levando-se em conta a quantidade de exemplares da mesma espécie, de forma a
preservar o equilíbrio ecológico e permitira auto-regeneração da floresta. Nesse caso, as empresas madeireiras podem ser obrigadas a também plantar um determinado número de mudas definido para cada árvore retirada.
No manejo sustentável, é possível reduzir os danos à floresta e baixar o alto índice de desperdício de madeira, colhendo somente as árvores que serão mais bem empregadas, além da possibilidade de utilizar os diversos outros produtos não madeireiros encontrados na mesma área, como frutos, resinas, óleos e essências medicinais e aromática. Com isso, o Brasil vem se destacando não apenas por seu grande potencial de exploração florestal, mas pela posição pioneira no conhecimento das técnicas de formação e manejo de florestas de rápido crescimento, o que garante excelentes condições de competitividade para a nossa indústria madeireira no mercado internacional! Bom, né? E tem mais: Os demais resíduos de madeira também podem ser aproveitados como combustível para uso residencial, institucional, municipal, comercial, industrial, ou em caldeiras ou fornos para a produção de energia térmica e/ou elétrica. Ela pode ser usada como único combustível ou em conjunto com outros combustíveis, como o carvão e o óleo.

Veja o que VOCÊ pode fazer:

• Procure conhecer e apoiar as instituições que trabalham com as questões ambientais e a valorizaçãodas florestas.
• Procure conhecer e consumir os produtos da floresta – alimentos, cosméticos e alternativas de medica-mentos produzidos de forma sustentável –, pois o sucesso de sua comercialização pode evitar a derrubada de florestas.
• Economize papel – o papel, quando não reciclado, é fabricado a partir da celulose, extraída da madeiradas árvores.
• Economize energia elétrica – a maior parte da energia que consumimos é produzida pelas usinas hidrelétricas, cuja construção implica a inundação de extensas áreas de mata que abrigam inúmeras espécies de animais e plantas.
• Ao comprar móveis de madeira, dê preferência para os que são certificados ou originários de florestas que tenham os seus planos de manejo aprovados por órgão competente. As madeiras nobres como mogno,imbuia, cerejeira, pau-marfim e muitas outras correm o risco de ser extintas devido ao comércio abusivo.
• Denuncie atos criminosos praticados contra a nossa fauna aos órgãos ambientais competentes. Acione o IBAMA por meio da da Linha Verde 0800-61-80 (a ligação é gratuita) ou E-mail: linhaverde.sede@ibama.gov.br.

Fonte: Manual de Educacão para o Consumo Sustentável - publicacão do Idec e do MMA
P.S: estou sem o c cedilha.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Publicidade, consumo e o meio ambiente.



Ao comprar uma roupa nova não percebemos que, para produzir aquele tecido, foi preciso cultivar o algodão, e que isso implicou no uso de grandes quantidades de fertilizantes químicose pesticidas, que contaminam o solo, a água e o ar. A grande pergunta que devemos nos fazer neste momento é: será que precisamos realmente de todos os produtos que consumimos? Se avaliarmos com cuidado, veremos que boa parte do que compramos em nosso dia-a-dia é fruto de uma falsa necessidade.
A publicidade nos persegue em toda parte, e muitas vezes não nos damos conta
disso. Está nas ruas, nas fachadas dos prédios, nos ônibus e nas vitrines. Também chama a nossa atenção em bancos, escritórios, hospitais, restaurantes, cinema e outros lugares públicos. Em casa, basta abrir o jornal, ligar o rádio ou a televisão. Mas existe um tipo de publicidade que nos atinge, fazendo de nós mesmos os veículos de divulgação da marca. Sem perceber, fazemos publicidade gratuitamente ao usar roupas, sapatos, bolsas e outros objetos com etiquetas visíveis. Quem nunca usou um tênis ou roupa, porque viu o outro usando e achou legal?
A publicidade em vez de fornecer informações para um consumo racional e consciente, as mensagens publicitárias exploram pontos vulneráveis do público para convencê-lo de que o produto é realmente necessário. Assim, ela apela para os desejos, gostos, idéias, necessidades, vaidades e outros aspectos da nossa personalidade. Você já reparou como são as pessoas que aparecem nos anúncios publicitários? Geralmente são de classe média ou alta, bonitas, saudáveis, felizes e bem-sucedidas. Nunca nos mostram uma mulher trabalhadora, sozinha, com cinco filhos ou uma dona de casa vivendo num bairro marginal. A pobreza, com todas as suas características, é um problema completamente alheio ao mundo da publicidade.
Para vender produtos higiênicos, cosméticos e alimentos, por exemplo, elaboram-se anúncios dirigidos para as mulheres. Neles, o que aparece não é uma mulher comum, mas um estereótipo de mulher, criado pela nossa cultura. Assim, as mulheres que anunciam cosméticos devem ser jovens, belas, magras e atraentes. Já para anunciar um produto de limpeza, a mulher deve ser perfeita e estar numa casa esplêndida e mais li
mpa que um laboratório clínico.
Quase sempre o anúncio ou peça publicitária se vale da síndrome do “todos têm e por isso eu também devo ter” e procura mantê-la viva. Isso faz com que as pessoas ajam pelo impulso, seguindo a ordem ditada pelo anúncio, sem questionar as reais necessidades ou mesmo a qualidade ou preço dos produtos. Além de fazer mal ao nosso bolso, essa atitude, dentre outros efeitos nocivos, acaba por prejudicar o meio ambiente, com o acúmulo de lixo e de poluição gerado por uma produção não sustentável. Muitos agora só querem usar roupas e sapatos de marca, ainda que sejam mais caros e não necessariamente de melhor qualidade. A mensagem embutida nas etiquetas da moda passa subentendida entre os jovens: “usando essas marcas, mostro ao mundo que tenho dinheiro suficiente para comprá-las; isso faz com que eu me sinta melhor e mais seguro”.

Uma boa dica de consumo sustentável é aproveitar ao máximo o que compramos. Escolha produtos com embalagens simples ou que possam ser reutilizadas ou recicladas. Na hora de ir às compras, que tal levar aquelas antigas sacolas de feira para carregar as compras? É preciso desenvolver nossa capacidade crítica em relação à publicidade, para evitar a manipulação da nossa liberdade de escolha. É preciso também estar atento para os vários aspectos da elaboração do produto, antes, durante e depois da fabricação. Temos que adotar o hábito de avaliar etiquetas e embalagens, verificar a natureza do produto, sua qualidade, sua real utilidade, se o preço corresponde ou não à qualidade e qual pode ser seu impacto ambiental e social. Na hora de comprar, é importante levar em consideração todos esses fatores, mas talvez o mais difícil,e o mais importante, seja não perder jamais de vista as nossas reais necessidades, e evitar os exageros criados por uma cultura consumista.

Fonte: Manual de Educacão para o Consumo Sustentável - publicacão do Idec e do MMA